Entenda quais setores afetados com tarifas de 50% dos EUA.
1. O que está em curso
quais setores afetados tarifas Donald Trump anunciou tarifas de 50% sobre toda exportação brasileira para os EUA com início previsto para 1º de agosto ― parte de uma estratégia econômica e política que apontou práticas comerciais “injustas” no Brasil.
Logo após, o governo americano abriu uma investigação formal com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, investigando práticas como subsídios, ambiente digital e barreiras ambientais.
2. Setores que mais devem sentir o impacto
🛢️ Oil & gás e produtos energéticos
O setor petrolífero é o principal exportador brasileiro para os EUA — cerca de US$ 7 bilhões em 2024 (~18% do total). Com a sobretaxa, a competitividade do setor cai drasticamente.
🌾 Agropecuária
Produtos como café, carne bovina e suco de laranja (que representam até 90% da pauta exportadora americana) já enfrentavam tarifas menores e agora podem estar inviabilizados comercialmente.
🏗️ Siderurgia e mineração
O aço e ferro exportados aos EUA já sofrem tarifas de até 25%; a nova sobretaxa torna essas vendas praticamente inviáveis. O Brasil exportou US$ 5,3 bilhões em aço e ferro bruto em 2024.
✈️ Aeroespacial e máquinas
A Embraer, por exemplo, vende 60% de sua produção para os EUA e pode ter margens severamente impactadas. Máquinas e motores também estão na mira.
👞 Autopeças e calçados
O setor de componentes automotivos, penalizado com sobretaxas de 25%, enfrenta ainda mais pressão. Exportadoras de calçados veem risco aos poucos mercados conquistados nos EUA, especialmente contra concorrentes asiáticos não taxados.
3. Prejuízos estimados
- O superávit comercial com os EUA pode cair entre US$ 7 a 13 bilhões até 2026 se as tarifas forem mantidas.
- O agronegócio já cancela contratos e teme perder competitividade internacional.
- Previsões apontam perda de até ~110 mil empregos, com impacto direto em manufaturas e produtos agropecuários.
4. Impactos regionais no Brasil quais setores afetados tarifas
Estados com forte base industrial — São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina — podem perder entre R$ 1,7 bilhão e R$ 4,4 bilhões em PIB estadual. Setores tradicionais desses estados estão entre os mais expostos.
5. Como empresas estão reagindo quais setores afetados tarifas
- A Suzano (celulose), WEG (motores e transformadores) e Embraer já buscam estratégias para mitigar impacto, como produção fora do Brasil ou realocação de operações.
- Pequenas empresas de autopeças movem centros de distribuição para os EUA, como forma de escapar das tarifas.
6. Possíveis caminhos e alternativas quais setores afetados tarifas
- O Brasil poderá redirecionar exportações para mercados alternativos como Europa, China, Índia e países do Sudeste Asiático.
- Mercosul e União Europeia podem acelerar acordos comerciais para reduzir dependência dos EUA.
- O governo já acionou a OMC com recurso formal e publicou decreto de reciprocidade comercial.
7. Panorama em uma tabela
Setor | Exportações aos EUA (2024) | Tarifa prévia (%) | Tarifa anunciada (2025) | Impacto estimado |
---|---|---|---|---|
Petróleo e derivados | US$ 7 bi (~18 %) | ~10–20 % | 50 % | Exportações inviabilizadas |
Aço e ferro | US$ 5,3 bi (~13 %) | 25 % | 50 % | Queda abrupta nos embarques |
Aeronaves e máquinas | US$ 2,7 bi (~7 %) | Varia | 50 % | Redução nas margens e exportações |
Café, suco, carne | US$ 4,5 bi juntos | ~10 % | 50 % | Perda de competitividade e contratos |
Autopeças & calçados | Variado | 25 %+ | 50 % | Repensar envio direto e foco no interno |
Fontes: Uol
8. Por que esse tema é relevante hoje
- Representa uma ruptura comercial inédita com o principal parceiro do Brasil.
- Pode travar exportações de setores-chave e tensionar a economia.
- Demanda respostas rápidas da diplomacia e dos setores produtivos para reequilibrar a balança comercial.
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