O grupo NewJeans, uma das maiores revelações do K-pop nos últimos anos, vive um momento conturbado em 2025.
Formado por Minji, Hanni, Danielle, Haerin e Hyein, o quinteto se destacou desde o debut em 2022, mas enfrenta hoje uma batalha legal contra sua antiga gravadora, a ADOR, subsidiária da HYBE.
Neste artigo, entenda como o grupo saiu do topo das paradas para o centro de um dos maiores impasses judiciais da indústria coreana da música.
Estreia inovadora e sucesso global
Lançado em julho de 2022, o NewJeans estreou com um conceito ousado e nostálgico, trazendo referências visuais dos anos 1990 e sonoridade inspirada no R&B.
Hits como “Attention”, “Hype Boy” e “Ditto” rapidamente conquistaram fãs na Coreia do Sul e no exterior.
O grupo se destacou não só pelo som diferenciado, mas também pela identidade visual minimalista e estratégica de marketing.
Em 2023, o EP “Get Up” estreou no topo das paradas dos Estados Unidos, consolidando o NewJeans como uma potência do K-pop.
Elas acumularam prêmios, parcerias com marcas de luxo como Chanel, Gucci e Omega, e quebraram recordes de streaming em diversas plataformas.
Da fama ao conflito com a gravadora
Em 2024, começaram os rumores de tensão entre o grupo e a CEO da ADOR, Min Hee-jin.
Em novembro, as integrantes anunciaram a rescisão de contrato com a empresa, alegando más condições de trabalho e alegações de assédio moral.
Pouco depois, passaram a operar sob o nome NJZ, iniciando atividades paralelas, incluindo singles e performances planejadas fora do controle da HYBE.
A resposta veio rápido: a ADOR acionou a Justiça sul-coreana alegando quebra contratual.
Decisão judicial e suspensão das atividades
Em janeiro de 2025, o tribunal de Seul acatou parcialmente o pedido da ADOR, proibindo que as integrantes atuassem de forma independente sob pena de multa de mais de US$ 700 mil por violação.
Apesar disso, o NJZ chegou a se apresentar no ComplexCon de Hong Kong, gerando ainda mais controvérsia.
Após nova audiência, a Justiça reforçou a proibição de atividades fora do contrato original com a ADOR.
Diante da pressão, as integrantes anunciaram um hiato por tempo indeterminado, informando aos fãs que respeitariam a decisão judicial enquanto buscavam uma resolução amigável.
Newjeans Danielle e o caso Omega
Em junho de 2025, Danielle participou de um evento da marca Omega em Kyoto, o que gerou polêmica entre os fãs.
Muitos acreditavam que o evento violava a decisão judicial, enquanto outros interpretaram como uma ação intermediada pela própria ADOR — sugerindo uma possível reconciliação.
A situação ainda é incerta, mas reforça o delicado equilíbrio entre contratos e liberdade artística no K-pop.
Impacto na indústria e no fandom
Mesmo em meio ao caos, o grupo ainda aparece com destaque na mídia. O NewJeans/NJZ foi o único ato de K-pop listado na “21 Under 21” da Billboard 2025, reafirmando sua relevância global.
O caso gerou discussões sobre os contratos rígidos na indústria coreana e levantou questionamentos sobre a autonomia de artistas jovens. Muitos fãs, conhecidos como Bunnies, têm se mobilizado para apoiar as integrantes nas redes sociais.
Newjeans Futuro do NewJeans
Ainda não há definição sobre o futuro do grupo. A possibilidade de reconciliação com a ADOR existe, assim como a chance de uma ruptura definitiva. O que se sabe é que, mesmo em pausa, NewJeans continua sendo um fenômeno cultural, com impacto na moda, na música e na forma como o K-pop é consumido no mundo.
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