O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou ao Jornal Nacional sobre as tarifas EUA Brasil impostas pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros. Ele ressaltou a importância da negociação e defendeu a soberania nacional do Brasil.
Lula criticou o anúncio das tarifas, que foi feito sem diálogo prévio com o governo brasileiro. Segundo ele, isso não demonstra respeito nas relações entre os países.
“O Brasil vai usar a lei da reciprocidade quando necessário e buscar solução na OMC. Se não houver acordo, aplicaremos tarifas equivalentes a partir de 1º de agosto”, afirmou.
O presidente contestou a alegação dos EUA de déficit comercial, afirmando que o Brasil teve superávit de R$ 10 bilhões na balança comercial com os EUA nos últimos 15 anos.
Lula também comentou sobre a interferência do presidente Donald Trump em processos judiciais brasileiros, classificando a atitude como inaceitável.
“Aqui no Brasil, a lei vale para todos, doa a quem doer.”
Sobre o bloco dos BRICS, Lula destacou a busca por autonomia econômica e a redução da dependência do dólar nas transações comerciais.
Além disso, o presidente comentou sua visita à ex-presidente argentina Cristina Kirchner, ressaltando que foi uma ação humanitária, respeitando a autonomia da Argentina.
Lula anunciou que vai reunir empresários dos setores mais afetados pelas tarifas EUA Brasil para avaliar o impacto e buscar soluções conjuntas.
Ele reforçou que prefere negociar, mas aplicará a lei da reciprocidade caso as conversas não avancem.
Por fim, falou sobre o contato com o governo Trump, informando que enviou carta parabenizando a vitória, mas que não houve outras conversas até o momento.
O presidente criticou a falta de comunicação prévia sobre as tarifas e afirmou que o Itamaraty decidirá sobre medidas diplomáticas.
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