A taxa Selic voltou a ser o centro das atenções no Brasil.
Nesta quarta-feira (7), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para definir o novo patamar da taxa básica de juros da economia.
A expectativa do mercado é de mais uma alta de 0,5 ponto percentual, o que elevaria a Selic de 14,25% para 14,75% ao ano.
Essa possível elevação reforça a postura do Banco Central em conter a inflação, que voltou a subir nos primeiros meses de 2025,
pressionada por fatores internos e externos, como a alta no preço dos alimentos e combustíveis.
O que é a taxa Selic?
A Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela serve de referência
para todas as outras taxas cobradas em operações de crédito, como empréstimos, financiamentos e até investimentos de renda fixa.
Quando o Banco Central eleva a Selic, o objetivo principal é frear a inflação. Com juros mais altos, o consumo tende a diminuir, o que ajuda a conter os preços.
No entanto, isso também afeta diretamente o crescimento econômico e o acesso ao crédito.
Selic em 2025: por que está tão alta?
Desde o fim de 2024, a inflação voltou a preocupar os economistas.
A desvalorização do real, o aumento das commodities e a incerteza fiscal provocaram uma escalada nos preços.
Como resposta, o Copom vem subindo a Selic de forma gradual.
Se a expectativa se confirmar, esta será a oitava alta consecutiva da taxa desde o segundo semestre de 2024.
Com isso, a Selic chegaria a 14,75% ao ano, o maior patamar desde 2016.
Como a Selic afeta o seu bolso Taxa Selic
A alta da Selic tem reflexos diretos no dia a dia do cidadão. Veja como:
- Empréstimos e financiamentos: Ficam mais caros. Quem pretende financiar um carro, imóvel ou fazer um empréstimo pessoal vai pagar juros maiores.
- Cartão de crédito e cheque especial: Os juros desses serviços, que já são altos, tendem a subir ainda mais.
- Investimentos em renda fixa: Por outro lado, aplicações como Tesouro Selic, CDBs e LCIs passam a render mais.
- Inflação: Com o tempo, o objetivo é conter a alta de preços, beneficiando o poder de compra da população.
O que esperar nos próximos meses?
De acordo com o Boletim Focus, a expectativa é que essa seja a última alta da Selic em 2025.
A previsão é que o Banco Central mantenha a taxa em 14,75% até o fim do ano, iniciando um ciclo de cortes em 2026, caso a inflação mostre sinais de controle.
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